FRANÇA LONGE DOS CLICHÊS: QUANDO O MODO DE VIDA TAMBÉM É PATRIMÔNIO

27.05.2025 em Destinos Internacionais.
Autor do post: Priscila Esteves, publicitária e colaboradora da Donato.

Não é Paris. Nem a Torre. Nem o Louvre.

Embora todos esses nomes mereçam a fama, há uma França que não está nas capas dos guias. Uma França que não se mostra de imediato, mas que, quando se revela, transforma a forma como olhamos para o mundo — e para nós mesmos.

Neste roteiro, juntamos o frenesi de algumas cidades icônicas, com a tranquilidade de alguns vilarejos.

Lugares onde o prazer de viver é cotidiano.

No coração da Borgonha, Dijon nos recebe com suas fachadas em enxaimel, mostardas artesanais, bem como uma herança ducal preservada com orgulho. Mais do que um centro gastronômico, Dijon é um exemplo vivo de como a sofisticação pode ser cotidiana — e não performática.

Mostardas em Dijon, cidade reconhecida por sua produção há mais de um século, e vindas de outras regiões francesas Dijon é um paraíso para os apreciadores de mostarda 

Na sequência, Besançon, à beira do Doubs, é uma surpresa delicada. Com sua cidadela projetada por Vauban, ruas calmas e cafés discretos, é um convite ao flâneur que vive em cada viajante atento. Aqui, até o tempo parece ter aceitado andar devagar.

Vista aérea da cidadela de Besançon, na França, uma fortaleza do século XVII e Patrimônio Mundial da UNESCO Cidadela de Besançon, uma fortaleza construída no século XVII

Lyon vem com sua história renascentista e sua cozinha de reverência. Não é uma cidade feita para turistas, por outro lado, é feita para quem sabe observar. Os mercados são locais, os rituais são diários, e a vida urbana respira com a calma de quem sabe o valor de uma boa refeição.

Manhã ensolarada pelas ruas de Lyon, a capital gastronômica da França e lar de restaurantes estrelados A capital gastronômica da França abriga restaurantes estrelados

Enfim, seguimos para Annecy. Sim, ela tem canais e casinhas coloridas, no entanto, o que impressiona de verdade é a combinação entre o lago cristalino e o silêncio das montanhas. Um cenário que convida à contemplação, não à selfie.

Dia ensolarado e florido na cidade de Annecy, na França, com vista para uma ponte e o lago cristalino Annecy é conhecida por seu lago e vista das montanhas

Essa França não se exibe. Ela acolhe.

Nos pequenos vilarejos entre um destino e outro, encontramos o tempo real.

O padeiro que conhece todos pelo nome. A senhora que cuida do jardim de lavandas. O artista que abre o ateliê só depois do café. Há um senso de continuidade, de raiz, que nos lembra que elegância pode estar nos gestos mais simples.

Por que viajar para lugares assim?

A resposta não está na paisagem, mas na forma como somos afetados por ela.

Ao chegar a certa altura da vida — quando já se conhece o mundo, quando já se viveu o bastante — o que buscamos não é a novidade, mas o reconhecimento. Lugares que não nos distraem, mas que nos devolvem a nós mesmos.

Este roteiro a é sobre isso. Sobre estar longe dos clichês, mas perto da essência.

 

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