Augusto Naddeo é do time dos que falam com o coração. Cada uma de suas memórias sempre vem acompanhada por emoções à flor da pele como se revivesse tudo aquilo que conta. Apaixonado pelo Velho Mundo, especialmente pela Itália, ele aproveita a nova fase da vida para se dedicar ao agora! “A nossa vida é um Banco Imobiliário que tem lucros e perdas. A gente tem que saber conviver com isso, mas quando temos momentos de felicidade, temos que aproveitar como sendo únicos. Isso é saborear a vida!”, ele disse logo que nos encontramos.
Nesta entrevista para o nosso projeto MEU TEMPO NO MUNDO – que reúne amigos e viajantes da Donato Viagens para conversas sobre a vida e seu tempo no mundo –, ele nos presenteia com pensamentos poéticos e um olhar peculiar que o faz ser acima de tudo uma grande inspiração.
Augusto Naddeo em foto por Victor Affaro
Professor de Física e Matemática, Augusto ainda dá aulas, mas num ritmo muito mais leve. “Antes eu era escravo do tempo. Hoje, sou dono dele. Agora, me proponho a fazer tudo aquilo que eu não pude enquanto trabalhava demais. Era workaholic, trabalhava mais de 14 horas por dia. Nesse momento, estou aproveitando cada minuto da minha vida com os meus amigos, voltei a estudar piano e a me dedicar às viagens”, nos contou.
O dolce far niente finalmente entrou no cotidiano de Augusto, que tem raízes italianas e é profundamente inspirado pelo modo de vida de um povo que, segundo ele, “tem um jeito maravilhoso de encarar a vida. O italiano é o carioca da Europa. Gosto da sua alegria de viver, também adoro o cinema italiano, a gastronomia e tudo o que é de lá. É a minha segunda pátria. Na Itália o meu sangue ferve”.
Ainda sobre o prazer de conhecer bem o país de origem de seus avós paternos, ele ressalta: “As praças são o coração de cada cidade, onde as pessoas vão tomar sorvete, beber vinho, conversar. É onde a vida a acontece. A Itália é também um museu a céu aberto, ao contrário de outros lugares na Europa. Na França, por exemplo, tudo está concentrado em Paris. As obras de arte, esculturas e pinturas, na Itália, estão espalhadas pelas cidades menores. Você entra numa igreja e sempre encontra um Caravaggio, um Michelangelo, um Rubens (Peter Paul Rubens, pintor alemão com forte atuação na Itália nos primeiros anos de 1600)”, completou Augusto.
Viena, na Áustria, foi outro capítulo interessante pelo mundo que gosta de lembrar, uma das cidades mais lindas que já conheceu e que traz à tona o clima da Belle Époque, no fim do século XIX. “Pelas ruas a gente ouve Mozart, Beethoven, Strauss. Fui a um palácio assistir a um concerto de fim de ano, fiquei emocionado. Viena parou para mim e me senti em outra época, a impressão era de que a qualquer momento eu poderia encontrar a Sissi (famosa Imperatriz da Áustria).”
História é outra paixão e Augusto acredita que para se apropriar de certas experiências é preciso um pouco de estudo, para entender a dimensão de cada cenário e a sua relevância. Faz parte do seu ritual como viajante, a leitura de artigos e livros sobre os lugares para os quais está embarcando. “Existe um ditado de Sêneca, filósofo romano que diz ‘para quem não sabe para que porto se dirige, nenhum vento será adequado’. Sempre faço uma pesquisa prévia para saber o que de interessante posso encontrar”.
Outra maneira de viver suas viagens intensamente é aproveitar espaços nos roteiros para se misturar com o povo, andar pelas ruas, conversar com as pessoas locais, pegar o metrô e ver de perto costumes e o folclore de cada cultura. Depois, nada como encontrar um amigo, abrir um bom vinho e contar tudo o que viu.
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Vejam a seguir um trecho da entrevista do Augusto Naddeo:
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