Em um dos locais mais áridos do planeta, um presente da natureza foi determinante para a vida e prosperidade em todos os sentidos: o Rio Nilo. No norte da África, ele é considerado um dos maiores rios do mundo – se não o maior – com quase 7 mil quilômetros de extensão. Além do Egito, banha outros 9 países e garante a sobrevivência dessas nações desde a Antiguidade. Só por isso, já valeria fazer as malas e embarcar para uma viagem para o Egito, mas há muito mais encantos e história.
As cheias do Nilo, por exemplo, traziam sedimentos que tornavam as terras férteis para a agricultura. Também fornecia água potável e numerosos peixes, incentivando o aprimoramento das técnicas de pesca. Seu grande potencial para a navegação também facilitou o transporte de mercadorias entre diversos povos.
“O Egito é uma dádiva do Nilo”, como já dizia Heródoto, geógrafo e historiador grego, há 2.500 anos. Sua relevância histórica e inclusive bíblica é incontestável. Para a civilização egípcia, o papel do rio foi ainda mais especial. Eles acreditavam na sagrada conexão entre o Nilo e todos os seres vivos da Terra. Os frutos dessa História lendária podemos ver até hoje nas cidades às suas margens.
Pensando nesse território de cultura ancestral e cheio de belezas naturais, vamos conhecer um pouco mais sobre algumas cidades do Egito.
Um passeio pelo Cairo
Na capital do Egito e segunda maior cidade africana, ruas agitadas e urbanização não escondem seu passado instigante. O Cairo carrega as marcas das várias dinastias que lá se estabeleceram, como gregos, romanos, otomanos e árabes – estes últimos responsáveis por mesquitas suntuosas, como a de Muhammad Ali.
Com 80 metros de altura, cúpulas luminosas e interior de mármore, é impossível não se impressionar com a obra arquitetônica da mesquita Muhammad Ali. Caminhando pelo centro histórico, que é Patrimônio Mundial da UNESCO, encontramos ainda igrejas, sinagogas e bazares tradicionais que merecem uma visita.
O Cairo também é ponto estratégico para conhecer cidades próximas, como Memphis e Gizé. Com mais de 5 mil anos de história, elas guardam relíquias do período mais simbólico do Egito: os impérios dos faraós.
Área urbanizada do Cairo banhada pelo Nilo
Mesquita Muhammad Ali, no centro histórico do Cairo
O início de tudo
Memphis nos leva ao início de tudo, fundada durante a primeira de trinta dinastias, foi capital do Império Antigo por conta da sua localização no delta do Nilo. Assim poderiam controlar melhor a distribuição de comida e mercadorias por todo o reino. Por lá, a estátua admirável do faraó Ramsés II e suas ruínas formam um vasto museu a céu a aberto.
As pirâmides do Egito
Já em Gizé surgem os cenários desérticos que são cartão-postal do Egito. Diante dos nossos olhos, estão as pirâmides do Egito que provavelmente todos nós já vimos – e nos deslumbramos – nos livros de história. Quéops, Quéfren e Miquerinos são os nomes das três mais conhecidas pirâmides, e cada uma delas reforça o poder magistral dos faraós.
Essa é a oportunidade de ver a única remanescente das 7 Maravilhas do Mundo Antigo: a Grande Pirâmide, Quéops. No mesmo sítio arqueológico, a alguns metros, a famosa esfinge com corpo de leão e cabeça humana desperta o que existe de mais curioso no nosso imaginário.
Pirâmides e esfinge de Gizé
Conhecendo um pouco de Aswan
Em Aswan as paisagens se tornam cada vez mais cativantes e a sensação é de estarmos em um verdadeiro oásis no deserto. As águas do Nilo são mais límpidas, a vegetação é abundante e o pôr do sol sobre o rio é inesquecível. A cidade está ao sul do país, próxima à região da Núbia (atualmente Sudão), cuja civilização foi estreitamente ligada aos egípcios.
Os dois reinos se envolveram em disputas de poder ao longo de séculos, inclusive com a chegada dos núbios ao trono egípcio durante uma dinastia. Uma das primeiras civilizações africanas, a Núbia foi um centro cultural poderoso, que hoje temos a oportunidade de conhecer no museu em Aswan, que conta com mais de três mil raras peças de antiguidades.
Cidade de Aswan às margens do Rio Nilo
Pôr do sol sobre o Nilo
Templo de Edfu de Hórus
Apesar dos muitos benefícios, as cheias do Nilo também poderiam causar devastação dos arredores. Por isso, a localização do templo de Edfu, acima do vale, foi imprescindível para ser hoje o maior e mais preservado do país. Nele podemos entender melhor a relação intrínseca entre os egípcios e a natureza, já que a figura humana era frequentemente representada com características animais.
É o caso do Deus Hórus, ao qual foi dedicado este templo. Sua imagem é a de um falcão, animal adorado no Antigo Egito por conta da sua visão muito poderosa. O olho de Hórus é até hoje um amuleto de força, luz, prosperidade, sorte e saúde.
Entrada do Templo de Edfu, ou Templo de Hórus
Estátua de Hórus, representado pelo falcão
Luxor: um pedacinho do Sul do Egito
A ideia que temos do Antigo Egito formado por templos magníficos, com relevos inscritos e tumbas luxuosas, se mostra em Luxor. Essas preciosidades da história estão localizadas em uma área montanhosa, o Vale dos Reis, onde foram sepultados os faraós mais nobres e poderosos, como Tutancâmon e Ramsés VI.
O auge da contemplação são as tumbas reais, decoradas com cenas da mitologia egípcia e que despertam o arqueólogo dentro de nós. Nas paredes vemos pistas dos rituais que regiam a vida há milhares de anos e tentamos desvendar o que se passava nessa civilização extraordinária.
Vale dos Reis em Luxor
Vale a pena viajar para o Egito
Com um passado memorável de impérios, faraós e proezas da arquitetura, o Egito é uma civilização emblemática. Graças, especialmente, ao Nilo e suas águas que nos convidam a conhecer seu legado, imortal e para toda a humanidade. Conhecer o Egito é visitar a nossa história.
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