Buscar destinos para renovar as energias é uma forma de equilibrar a agitação que muitas vezes está presente no cotidiano. São escolhas preciosas para quem valoriza a tranquilidade e, sobretudo, conexões mais profundas com culturas ao redor mundo. Cada um à sua maneira, esses locais instigam experiências além do que se pode enxergar — algo que acontece no interior e marca a consciência de forma individual.
Selecionamos 5 destinos que têm esse potencial de transformar os viajantes, promovendo intensas reflexões por cenários ancestrais e povos repletos de espiritualidade.
Paro, Butão
Cercado por uma natureza exuberante de rios cristalinos e florestas coloridas, o “país da felicidade” reforça que riquezas materiais não são um pré-requisito para uma vida plena. Curiosamente, o Butão desenvolveu em 1972 o conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB), em contrapartida ao Produto Interno Bruto (PIB).
A fim de provar que os modelos tradicionais de crescimento econômico só fazem sentido se combinados a outras formas de desenvolvimento, o FIB leva em conta fatores de bem-estar pessoal. Por exemplo, a promoção dos valores culturais, resiliência ecológica, boa governança e estímulo ao tempo livre e lazer. A cidade de Paro exemplifica bem essa filosofia de vida dos butaneses: um povo simples e majoritariamente rural, que esbanja uma alegria espontânea e contagiante.
Machu Picchu, Peru
Quando pensamos em destinos para renovar as energias, Machu Picchu sem dúvidas merece um lugar na lista. Há apenas 100 anos, a cidade perdida da civilização inca foi descoberta e impactou a humanidade. Se não bastasse o visual misterioso das montanhas a 2.400 metros de altitude, toda sua existência intriga os historiadores. Como os incas ergueram a cidade apenas com pedras trazidas montanha acima, sem cimento ou argamassa? E por que a abandonaram?
A verdade é que ninguém tem as respostas exatas sobre o passado dessa região peruana, o que a torna ainda mais enigmática. Machu Picchu tem uma aura que dificilmente pode ser explicada, mas é sentida por cada visitante. Um local que convida a momentos de meditação, seja pela conexão com a natureza ou a ancestralidade que evoca.
Varanasi, Índia
Berço do ioga e de grandes líderes humanitários como Mahatma Gandhi, a Índia é um daqueles países que marcam para sempre a memória de quem os conhece. A espiritualidade é intrínseca ao povo indiano, independente de classe e apesar da grande desigualdade social. Às margens do Rio Ganges, Veranasi é uma das cidades mais especiais para sentir toda essa potência — um lugar caótico e, ao mesmo tempo, admirável porque concentra diversas manifestações de fé a céu aberto.
Por lá, templos, mantras e rituais podem ser vistos todos os dias, assim como as atividades do cotidiano desse povo. No Ganges, tudo acontece: pessoas lavam roupas, tomam banho e, em alguns pontos reservados, são cremadas. Para quem observa de fora, tudo isso pode parecer inusitado. Para eles, no entanto, o rio é substancial para o ciclo de vida. Descansar nessas águas é o sonho de muitos indianos, realizado por poucos que têm condições para tanto, em um ritual hinduísta muito particular.
Santiago de Compostela, Espanha
Na região norte da Espanha, Santiago de Compostela é o destino final de uma jornada milenar guiada pela fé. De acordo com relatos do século IX, é ali que estão guardados os restos mortais do apóstolo Tiago, motivo que atraiu e ainda atrai peregrinos de todas as idades. No entanto, não é necessário refazer os árduos Caminhos de Santiago para entrar em contato com essa atmosfera tão potente.
Quem caminha pela própria cidade já é capaz de renovar energias e esperanças, afinal, essa é uma sensação que desperta o lado espiritual de cada um. Desvendar o centro histórico, declarado Patrimônio Mundial da UNESCO, também é uma oportunidade de contemplar obras majestosas construídas pelas mãos humanas — a maior delas, a Catedral românica com cerca de 80 metros de altura.
Jerusalém, Israel
Entre as cidades mais antigas do mundo, Jerusalém é essencial para três das maiores religiões do planeta: judaísmo, cristianismo e islamismo. Esses povos dividem o solo sagrado há milênios, por isso a Cidade Velha é composta por bairros dedicados a cada um deles. São agrupamentos em torno de monumentos simbólicos: para os judeus, o Muro das Lamentações; enquanto para os cristãos, a Basílica do Santo Sepulcro; e para muçulmanos, a Cúpula da Rocha.
Em Israel, é constante o lembrete de que existe algo maior capaz de atrair pessoas de diferentes nações, que anseiam sentir essa energia pulsante. Uma busca que não tem a ver necessariamente com crenças religiosas, mas com a espiritualidade que faz parte de todos nós.
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