Preto, arborio, mini-arborio, basmati, vermelho, japônico… No terroir único da beira do Rio Paraíba do Sul, aos pés do Pico dos Marins e da Mantiqueira, no limite onde São Paulo encontra Rio de Janeiro e Minas Gerais, um grupo de 10 pequenos produtores rurais têm cultivado os melhores arrozes especiais do Brasil.
O clima é propício para o sucesso desse mosaico de campos alagados diante da monumental montanha de 2.420 metros de altitude. A enorme oscilação de temperatura, que pode variar de 12 graus no início das manhãs a 32 graus com sol a pino, mostra-se perfeita para gerar ali os saborosos grãos do arroz especial Alto do Marins.
A marca é a preferida de alguns dos mais respeitados chefs de cozinha do Brasil, como Mara Salles, Bel Coelho e Lis Cereja, e compõe menus como o que o chef Vitor Rabelo, da histórica Fazenda Santa Vitória, em Queluz (SP), está preparando para receber as experiências de boa mesa da Expedição Paisagens Gastronômicas, que a Donato Viagens vai realizar de 22 a 25 de outubro em parceria com a equipe que criou o livro de mesmo nome.
Os aromáticos arrozes especiais do Vale do Paraíba são frutos de uma longa, complexa e delicada pesquisa genética que começou a ser realizada no Vale do Paraíba nos anos 1990, a partir da importação dos primeiros grãos especiais trazidos da China. Foi quando o Instituto Agronômico de Campinas escolheu essa região de solo e clima privilegiados para dar início a um processo de seleção e desenvolvimento de variedades exclusivas de sementes.
Um dos experts da instituição era o engenheiro agrônomo Omar Villela, que hoje aposentado, aos 60 anos, é o mago por trás das 50 variedades – isso mesmo, 50! – de arrozes desenvolvidos pela Alto dos Marins. Com as sementes que estudou por toda a vida, Seu Omar começou uma pesquisa própria em 2003. Plantou as melhores espécies e, em 2010, começou a comercializar seu arroz especial na empresa que criou com o filho Felipe Villela e o sócio Francisco dos Reis Neto.
Tanto amor ao alimento de alta qualidade e ao melhoramento genético com métodos naturais deram um resultado tão bom que o trio quase não dá conta da demanda com os 40 hectares plantados atualmente.
“É muito gratificante, depois de anos de pesquisa rigorosa, ver as pessoas descobrindo o valor do arroz especial, e tudo o que ele tem de saudável, versátil e nutriente”, diz Francisco Neto.
Neto acompanhou a viagem de inspeção que a equipe da Donato realizou em julho à Santa Vitória (leia mais aqui), e vai apresentar um pouco do processo de produção de seu arroz especial durante a Expedição Paisagens Gastronômicas na Fazenda Santa Vitória.
O plantio da próxima safra, por sinal, começa agora em agosto. Ao mesmo tempo em que semeia o arroz em pequena escala comercial – em um processo bem mais complexo do que o do arroz branco convencional – , os produtores do laboratório ao ar livre da Alto do Marins trabalham paralelamente na minuciosa seleção genética de cereais cada vez melhores para colheitas futuras. E os arrozais do Vale do Paraíba seguem espalhando seus aromas deliciosos aos pés do monumental Pico dos Marins.
Fotografia: Felipe Villela
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